No primeiro encontro com nosso tutor virtual Claudemir, da disciplina de Linguística Geral, discutimos, em uma roda de conversa, alguns conceitos aplicados à Língua e Linguagem.
Foi proposta a turma, no Ambiente, uma pesquisa sobre a origem da línguagem humana, e resumidamente podemos observar e entender um pouco sobre este vasto e misterioso assunto.
"Linguagem Humana: Origem e Aquisição"
O surgimento da linguagem é um fato fundamental na história humana. Existem explicações atribuídas a este fato na religião, por filósofos e pela ciência.
Na religião, afirma- se que, Deus deu a Adão uma língua e a capacidade de criar símbolos e nomes a cada um deles. E a diversidade lingüística dar-se ao episódio da famosa Torre de Babel, onde os homens, com sua ganância, queriam a fama ao construir uma torre tão alta que tocaria o céu. Sendo assim, Deus resolveu castigá-los fazendo com que não se entendessem mais, passando assim cada um a falar línguas diferentes.
O filósofo Rousseau, atribui a capacidade da fala à necessidade do homem, ainda primitivo, de expressão de seus sentimentos. Já o filósofo e psicólogo americano George Herbert Mead, que a linguagem gestual precedeu a linguagem falada.
Uma sugestiva contribuição sobre esse tema foi elaborada pelo lingüista e ativista político americano Noam Chomsky, que revolucionou a lingüística ao introduzir a relação entre o pensamento e a linguagem. Para Chomsky, a criança disporia de pouca informação da língua para aprender como a linguagem funciona. Mesmo assim, a maioria das crianças tem um domínio razoável da língua por volta dos dois anos de idade. A explicação estaria na estrutura mental geneticamente determinada, na qual estaria fixado um conjunto de regras gerais para a utilização da linguagem, que são universais por necessidade biológica e não por simples acidente histórico, e que decorrem de características mentais da espécie.
O conhecido cientista, Pinker, explica os estágios de desenvolvimento da linguagem. Segundo Pinker, os bebês humanos nascem antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe por um período proporcional àquele de outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar, portanto, nasceriam falando.
O cérebro do bebê muda consideravelmente depois do nascimento. Nesse momento, os neurônios já estão formados e já migraram para as suas posições no cérebro, mas o tamanho da cabeça, o peso do cérebro e a espessura do córtex cerebral, onde se localizam as sinapses, continuam a aumentar no primeiro ano de vida. Conexões a longa distância não se completam antes do nono mês e a bainha de mielina continua se adensando durante toda a infância. As sinapses aumentam significativamente entre o nono e o vigésimo quarto mês, a ponto de terem 50% a mais de sinapses que os adultos. A atividade metabólica atinge níveis adultos entre o nono e o décimo mês, mas continuam aumentando até os quatro anos. O cérebro também perde material neural nessa fase. Um enorme número de neurônios morre ainda na barriga da mãe, essa perda continua nos dois primeiros anos e só se estabiliza aos sete anos. As sinapses também diminuem a partir dos dois anos até a adolescência quando a atividade metabólica se equilibra com a do adulto. Dessa forma, pode ser que a aquisição da linguagem dependa de uma certa maturação cerebral e que as fases de balbucio, primeiras palavras e aquisição de gramática exijam níveis mínimos de tamanho cerebral, de conexões a longa distância e de sinapses, particularmente nas regiões responsáveis pela linguagem. (PINKER, 2002)
Uma sugestiva contribuição sobre esse tema foi elaborada pelo lingüista e ativista político americano Noam Chomsky, que revolucionou a lingüística ao introduzir a relação entre o pensamento e a linguagem. Para Chomsky, a criança disporia de pouca informação da língua para aprender como a linguagem funciona. Mesmo assim, a maioria das crianças tem um domínio razoável da língua por volta dos dois anos de idade. A explicação estaria na estrutura mental geneticamente determinada, na qual estaria fixado um conjunto de regras gerais para a utilização da linguagem, que são universais por necessidade biológica e não por simples acidente histórico, e que decorrem de características mentais da espécie.
O conhecido cientista, Pinker, explica os estágios de desenvolvimento da linguagem. Segundo Pinker, os bebês humanos nascem antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe por um período proporcional àquele de outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar, portanto, nasceriam falando.
O cérebro do bebê muda consideravelmente depois do nascimento. Nesse momento, os neurônios já estão formados e já migraram para as suas posições no cérebro, mas o tamanho da cabeça, o peso do cérebro e a espessura do córtex cerebral, onde se localizam as sinapses, continuam a aumentar no primeiro ano de vida. Conexões a longa distância não se completam antes do nono mês e a bainha de mielina continua se adensando durante toda a infância. As sinapses aumentam significativamente entre o nono e o vigésimo quarto mês, a ponto de terem 50% a mais de sinapses que os adultos. A atividade metabólica atinge níveis adultos entre o nono e o décimo mês, mas continuam aumentando até os quatro anos. O cérebro também perde material neural nessa fase. Um enorme número de neurônios morre ainda na barriga da mãe, essa perda continua nos dois primeiros anos e só se estabiliza aos sete anos. As sinapses também diminuem a partir dos dois anos até a adolescência quando a atividade metabólica se equilibra com a do adulto. Dessa forma, pode ser que a aquisição da linguagem dependa de uma certa maturação cerebral e que as fases de balbucio, primeiras palavras e aquisição de gramática exijam níveis mínimos de tamanho cerebral, de conexões a longa distância e de sinapses, particularmente nas regiões responsáveis pela linguagem. (PINKER, 2002)
Como vemos acima, o assunto que cerca sobre a linguagem humana é muito discutido pelos sábios, em toda parte do mundo, sem que, até agora tenham chegado a um acordo.
Hoje, a maioria dos linguistas concorda que tanto a biologia como o ambiente são importantes na aquisição da linguagem. “Ninguém pode duvidar de que existe um fator genético que determina a aquisição da linguagem pelos humanos – enquanto outros organismos, vivendo exatamente no mesmo ambiente, não a adquirem. Eles nem ao menos reconhecem que alguns elementos do ambiente estão ligados à linguagem”, diz o linguista americano Noam Chomsky, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), principal expoente da Teoria da Gramática Universal. “As crianças adquirem a linguagem de forma quase reflexiva, muito antes de terem familiaridade com muitos aspectos de sua cultura. Por outro lado, tampouco existem dúvidas de que o ambiente influencia esse processo. O problema é que, ao contrário de outros sistemas orgânicos, a linguagem é difícil de ser estudada por ser exclusiva da nossa espécie. Golfinhos e macacos podem se comunicar, mas aparentemente não desenvolvem regras para formar frases como nós.”
O instinto de sociabilidade aflora mais na espécie humana que nos outros animais. Nós seres humanos, somos totalmente reféns da sociabilidade, para nossa sobrevivência. Se não existisse a linguagem, não encontraríamos expressão adequada ou mesmo nos anularíamos.
Isso não quer dizer que os animais irracionais não disfrutem dessa capacidade de aquisição da linguagem, não a humana, claro! Não há dúvidas sobre a capacidade de comunicação entre os animais de uma mesma espécie, cada um faz uso de um tipo de linguagem referente a sue espécie. Isto é o que comprovam grandes estudiosos no assunto:
Hoje, a maioria dos linguistas concorda que tanto a biologia como o ambiente são importantes na aquisição da linguagem. “Ninguém pode duvidar de que existe um fator genético que determina a aquisição da linguagem pelos humanos – enquanto outros organismos, vivendo exatamente no mesmo ambiente, não a adquirem. Eles nem ao menos reconhecem que alguns elementos do ambiente estão ligados à linguagem”, diz o linguista americano Noam Chomsky, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), principal expoente da Teoria da Gramática Universal. “As crianças adquirem a linguagem de forma quase reflexiva, muito antes de terem familiaridade com muitos aspectos de sua cultura. Por outro lado, tampouco existem dúvidas de que o ambiente influencia esse processo. O problema é que, ao contrário de outros sistemas orgânicos, a linguagem é difícil de ser estudada por ser exclusiva da nossa espécie. Golfinhos e macacos podem se comunicar, mas aparentemente não desenvolvem regras para formar frases como nós.”
O instinto de sociabilidade aflora mais na espécie humana que nos outros animais. Nós seres humanos, somos totalmente reféns da sociabilidade, para nossa sobrevivência. Se não existisse a linguagem, não encontraríamos expressão adequada ou mesmo nos anularíamos.
Isso não quer dizer que os animais irracionais não disfrutem dessa capacidade de aquisição da linguagem, não a humana, claro! Não há dúvidas sobre a capacidade de comunicação entre os animais de uma mesma espécie, cada um faz uso de um tipo de linguagem referente a sue espécie. Isto é o que comprovam grandes estudiosos no assunto:
Há mais de 2000 anos, o filósofo grego Aristóteles percebeu que quando uma abelha solitária descobre uma fonte de néctar, é logo seguida por outras abelhas. Em 1950, Karl Von Frisch revelou que a abelha exploradora comunica-se com as outras por meio de uma intrincada dança. Frisch descobriu que a direção e a duração da dança informam às outras a direção e a distância da fonte de alimento. No entanto, apesar das abelhas se comunicarem com o canto e a dança, elas não se utilizam dos elementos da linguagem humana. (MYRES, 1999)
Nos anos 40, vários psicólogos tentaram criar chimpanzés- bebês como uma criança humana, inclusive ensinando-os a falar. Apesar do treinamento, os chimpanzés nunca aprenderam a dizer mais que algumas poucas palavras. No entanto, esse fato é explicável, já que a posição da laringe dos macacos os impossibilita de produzir sons como os da fala humana.
Estudos mais recentes incentivam os macacos a usarem a Linguagem Americana de Sinais (LAS) ou objetos para se comunicarem. Podemos citar o chimpanzé Washoe, treinado por Allen e Beatrice Gardner, e o gorila Koko, treinado por Francine Patterson, que conseguiram aprender o significado dos sinais, embora isso só prove que eles possuem uma boa memória. (BEAR et al, 2002).
Entretanto existe controvérsia sobre a criatividade da linguagem dos macacos. Os céticos afirmam que eles apenas unem símbolos de maneira aleatória, e em alguns casos conseguem unir palavras que tenham sentido.
O fato é que animais como abelhas, macacos, chimpanzés, golfinhos e outros, utilizam-se da linguagem para se comunicar, mas essa linguagem está longe da complexidade da linguagem humana.
Estudos mais recentes incentivam os macacos a usarem a Linguagem Americana de Sinais (LAS) ou objetos para se comunicarem. Podemos citar o chimpanzé Washoe, treinado por Allen e Beatrice Gardner, e o gorila Koko, treinado por Francine Patterson, que conseguiram aprender o significado dos sinais, embora isso só prove que eles possuem uma boa memória. (BEAR et al, 2002).
Entretanto existe controvérsia sobre a criatividade da linguagem dos macacos. Os céticos afirmam que eles apenas unem símbolos de maneira aleatória, e em alguns casos conseguem unir palavras que tenham sentido.
O fato é que animais como abelhas, macacos, chimpanzés, golfinhos e outros, utilizam-se da linguagem para se comunicar, mas essa linguagem está longe da complexidade da linguagem humana.
E os papagaios, como explicar a capacidade de fala que eles desenvolvem?
Uma das características mais fascinantes dos papagaios é a sua capacidade de "falar", imitar os sons referentes à linguagem humana.
Na natureza, o papagaio vive em bandos e usa o canto para se comunicar. Desde cedo, ele aprende a imitar os mais velhos. Sua capacidade intelectual o faz decodificar e memorizar novos sons. Assim como beija-flores, tem núcleos cerebrais dedicados aos sons mais complexos. O controle da siringe - órgão presente em todos os pássaros, equivalente às cordas vocais humanas - permite ao papagaio emitir sons articulados que vão além de melodiosos assobios. A anatomia do bico turbina o som. A língua e o palato - parte superior interna - fazem o som reverberar e sair mais potente. A voz natural dos papagaios tem características comuns à fala humana, como timbre rico em harmônicos e modulações suaves. Isso também os ajuda na hora da "imitação".
Na natureza, o papagaio vive em bandos e usa o canto para se comunicar. Desde cedo, ele aprende a imitar os mais velhos. Sua capacidade intelectual o faz decodificar e memorizar novos sons. Assim como beija-flores, tem núcleos cerebrais dedicados aos sons mais complexos. O controle da siringe - órgão presente em todos os pássaros, equivalente às cordas vocais humanas - permite ao papagaio emitir sons articulados que vão além de melodiosos assobios. A anatomia do bico turbina o som. A língua e o palato - parte superior interna - fazem o som reverberar e sair mais potente. A voz natural dos papagaios tem características comuns à fala humana, como timbre rico em harmônicos e modulações suaves. Isso também os ajuda na hora da "imitação".
Enfim, a comunicação está presente em todas as espécies de animais, porém a linguagem humana é um bem que apenas o ser humano é capaz de dominar e compreender. E que está longe de ser desvendada sua real e verdadeira origem.
FONTES DA PESQUISA:
•http://super.abril.com.br/revista/240a/materia_especial_261569.shtml?pagina=1
•http://pt.shvoong.com/humanities/linguistics/676881-origem-da-linguagem/
•http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/renatomaterial/aquisicao.htm
•http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/papagaios-falam-546278.shtml
•http://pt.shvoong.com/humanities/linguistics/676881-origem-da-linguagem/
•http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/renatomaterial/aquisicao.htm
•http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/papagaios-falam-546278.shtml
POR:
Janayna B. de Almeida,
Aluna do Curso de Licenciatura em Letras/EAD- UFRPE- POLO PESQUEIRA